Avançar para o conteúdo
  • Ensino Superior
  • Estágios
  • Lifestyle e Cultura
  • Food Lovers
  • Quem somos?
Visita e reserva casas em Portugal
  • Ensino Superior
  • Estágios
  • Lifestyle e Cultura
  • Food Lovers
  • Quem somos?
Home » Blog » Violência no namoro. Como identificar e quais os sinais a que deves estar atento

Violência no namoro. Como identificar e quais os sinais a que deves estar atento

  • Atualidade
  • por Margarida Baptista
Tempo de leitura: 4 minutos

Ricardo Almeida, psicólogo, diz-nos que, segundo um estudo feito pela UMAR, “cerca de 56% dos adolescentes em Portugal com idade média de 15 anos já foram alvo de violência no namoro pelo menos uma vez”, que ocorre, sobretudo, a mulheres entre os 15 e 24 anos.

A prevenção da violência no namoro torna-se cada vez mais um assunto preponderante na educação para a cidadania, mediante o crescente reconhecimento da importância deste tema. Mas primeiro importa compreender o que é de facto a violência no namoro.

“A violência no namoro é qualquer comportamento, ou ausência de, que cause sofrimento. Pode ser feito direta ou indiretamente, com ou sem intenção. É geralmente caracterizado por haver um desequilíbrio de poder na relação onde uma pessoa tenta ter mais poder d que a outra abusando desta”, explica ao WIZZ.

E continua: “Pode ser cometida por um ou ambos os parceiros, independentemente da idade ou género. A violência pode ser verbal, através de insultos; física, através de agressões; sexual, quando uma pessoa é obrigada a praticar qualquer ato contra a sua vontade; digital, quando controlam as nossas redes sociais; social, quando nos envergonham em público; e psicológica, quando nos controlam e manipulam, subtilmente ou através de medo e ameaças.”

Entre o tipo de violência verbal, física, sexual, digital, social e psicológica, esta última é a mais frequente, portanto, manifestada através do controlo e manipulação de forma mais ou menos direta, mais ou menos subtil.

A violência no namoro, diz o psicólogo Ricardo Almeida, é geralmente um tema complexo e  difícil de abordar porque envolve tópicos suscetíveis de dúvidas e diversas questões. Mas é importante estar atento aos sinais que podem ser bastante subtis. O especialista explica que “os primeiros sinais, mesmo mais subtis, envolvem qualquer forma de manipulação que tenha como objetivo mudar os comportamentos da outra pessoa.” 

Alguns dos seus exemplos vão desde dizer “não gosto da tua amiga, chegando a um ponto em que uma pessoa não vai gostar de ninguém ou quase ninguém com quem o parceiro se dê, inclusive família.”

Outro exemplo passa pela constante afirmação de insuficiência ou crítica do parceiro, desde o “trabalho, objetivos, imagem ou qualquer coisa que faça parte da identidade da pessoa.”. 

Trata-se de destruir a autoestima do outro culminando, gradualmente,  no isolamento da vítima e o afastamento do seu “círculo social e familiar”, afastando-a das coisas e das pessoas de quem a pessoa se sente próxima.

Os familiares, amigos e colegas de trabalho podem ter um papel importante na identificação destes sinais e apoio à vítima, que devem estar atentos às suas mudanças de rotina e menor comunicação, algo que pode apenas notar-se passados meses. 

Inclusive, “deixar de fazer um hobby, de estar com amigos, de ir às aulas, de falar com a família, de enviar ou responder a mensagens e chamadas. Mudar qualquer coisa que faça parte da sua identidade e maneira de ser” são sinais importantes que alguém de fora pode e deve estar atento”, enumera Ricardo Almeida.

Estar presente e atento é muito importante, já que a vítima estará potencialmente isolada para conseguir identificar a sua situação e sair dela. 

Estar atento aos sinais é ainda mais importante quando se tratam de menores de idade, sendo que neste caso “deve-se fazer o possível para retirar o adolescente do contacto com o parceiro.”. 

No caso dos adultos, como independentes, deve-se “tentar sempre demonstrar de um modo gentil e amigo que existe uma mudança visível que não é saudável para a pessoa.”

Envolver o máximo de pessoas próximas que possam ter-se afastado é importante, e informá-las da situação. Isto pode ser feito, por exemplo, da seguinte forma: “No caso de ser uma amigo, explicar aos pais, ou amigos próximos o que pensam que se está a passar, para tentar contrariar o afastamento que se está a dar.”

Ricardo Almeida diz-nos que o principal objetivo é fazer com que a vítima corte o contacto com a outra pessoa – portanto, com o agressor – e, se possível, procurar convencê-la a procurar ajuda de um profissional como um psicólogo, APAV, ou mesmo um médico de família ou um professor que irá encaminhar a vítima para um profissional qualificado. 

Mas parecerá suficiente dependermos dos outros para reconhecermos e terminarmos com este tipo de violência que possa estar a ser infligida sobre nós? A propósito desta interrogação, questionámos de que forma podemos perceber que estamos numa relação violenta. 

Os sinais a que deves estar atento

O psicólogo Ricardo Almeida responde dizendo que podemos detetar este tipo de violência quando a dinâmica de poder na relação não é igual e, por exemplo, quando “deixamos de fazer as coisas que fazíamos antes, não por termos arranjado rotinas melhores, mas por medo da reação da outra pessoa. Os primeiros sinais de uma depressão não são tristeza. São falta de resistência à frustração, irritabilidade, falta de paciência, ao ponto de perdermos a força para fazer coisas que gostávamos e até de tratar de nós, por vezes sintomas físicos como ataques de ansiedade ou dores de cabeça, diarreias e enjoos também estão presentes. Isto tudo podem ser sinais de que algo está errado”, refere o especialista.

Uma das formas de evitar entrar numa relação violenta é “não ter medo de estabelecer limites no início de uma relação”, por exemplo, estabelecendo tempo para estar sozinho, para estar com os amigos e para estar com a família. 

“Se a outra pessoa respeitar os nossos limites iniciais, é um bom indicador. No entanto, acima de tudo, nunca normalizar mau trato.”. 

Para concluir esta reflexão, Ricardo Almeida diz-nos que este tipo de relação existe, muitas vezes, como consequência de passados maus-tratos ou a observação destes, por exemplo, entre os próprios pais. Isto explica tanto a situação do agressor como da vítima, portanto, de quem agride e de quem é agredido. Trata-se de um problema de autoestima, sendo esta “frágil e muitas vezes insuficiente quando nunca foi cultivada”. 

“Pode não haver um mapa perfeito a seguir numa relação, mas pôr-nos em primeiro lugar é um bom caminho. Pôr-nos em primeiro lugar não significa desvalorizar o outro, significa só gostarmos de nós e respeitarmo-nos.”

Etiquetas:AdolescentesPsicólogoViolência no Namoro

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

O WIZZ é um novo site dedicado ao universo estudantil que reúne informação, opiniões, dicas e experiências de estudantes de todo o País.

Menu

  • Sobre

Tags

Abrantes Aplicação aplicações App Cafés Cinema Coimbra comida Covid-19 Desporto dicas english students Ensino Ensino superior Estudar Estudo estágio Festival Formação instagram Jovens Lisboa Lisbon livros Marcas portuguesas McDonald's Mercado de trabalho Movies Música netflix Porto Portugal Praia Queima das Fitas Redes sociais Restaurante Restaurantes Spotify sustentabilidade Séries Tempos livres universidade Universidade de Coimbra verão viagens

Artigos Recentes

  • A melhor praia fluvial da Europa fica no Alentejo11/08/2022
  • Corre até ao site da Ryanair. Há voos a menos de 20€11/08/2022
  • O mundo fantástico de The Sandman está na Netflix10/08/2022
  • Os finais de tarde em Lisboa nunca mais vão ser iguais10/08/2022

Política de Privacidade

© 2022 WIZZ, Todos os direitos reservados